Fifa Não Atenderá Pedidos para Excluir Israel
A Fifa, entidade máxima do futebol mundial, não atendeu aos pedidos para excluir Israel das competições internacionais de futebol. Essa decisão ocorre mesmo após a organização ter reiterado um apelo pela paz na região de Gaza. Antes de uma reunião do Conselho da Fifa, que ocorreu em Zurique, na Suíça, na sexta-feira, 3 de outubro, o presidente Gianni Infantino emitiu um comunicado no qual não mencionou o nome de Israel. Em um trecho da nota, a Fifa afirma: "A Fifa não pode resolver os problemas geopolíticos, mas pode e deve promover o futebol em todo o mundo, explorando os seus valores unificadores, educativos, culturais e humanitários".
Contraste com a Postura de 2022
A postura da Fifa em relação a Israel contrasta com a adotada em 2022, quando a Fifa e a Uefa, a União Europeia de Futebol, suspenderam a seleção russa e os clubes russos logo após a invasão da Ucrânia. As sanções impostas à Rússia permanecem em vigor, refletindo um cenário de pressão internacional e a necessidade de resposta a crises geopolíticas.
Pressão Internacional por Sanções
A pressão por medidas contra Israel tem se intensificado, especialmente após a Organização das Nações Unidas (ONU) classificar as ações militares em Gaza como "genocídio". Na semana anterior à reunião do Conselho da Fifa, três especialistas independentes da ONU solicitaram que a Fifa e a Uefa suspendessem Israel, argumentando que as entidades esportivas não podem ignorar as violações de direitos humanos.
Reações no Futebol Europeu
Na Europa, vozes dentro do próprio futebol têm se manifestado em favor de sanções. A presidente da federação de futebol da Noruega, Lise Klaveness, declarou estar trabalhando para que Israel seja punido. Em um podcast, ela afirmou: "Se a Rússia está fora, Israel também deveria estar". Além disso, autoridades da Espanha levantaram a possibilidade de boicotar a Copa do Mundo de 2026, caso Israel consiga se classificar para o torneio.
Dados Sobre a Situação em Gaza
Segundo informações do Ministério da Saúde de Gaza, que é controlado pelo Hamas e é considerado confiável pela ONU, mais de 66,1 mil palestinos já perderam a vida desde o início da ofensiva israelense. Dentre as vítimas, há registros de 151 crianças que morreram em decorrência de fome e desnutrição, evidenciando a gravidade da situação humanitária na região.
