Investigação Interna do Lyon
O clube francês Lyon abriu uma investigação interna a respeito de transferências de jogadores do Botafogo que nunca atuaram pelo time.
Defesas de John Textor
John Textor, que é o sócio majoritário do Botafogo, se defendeu das acusações feitas pelo Lyon, que envolvem o que foi denominado de "transferências fantasmas". Em uma nota divulgada nesta quinta-feira, 4 de dezembro, o empresário afirmou que as contas da Eagle Football são transparentes em relação a esses jogadores. Ele também explicou que atletas como Luiz Henrique e Igor Jesus não puderam entrar em campo devido a uma decisão da DNCG, a Direção Nacional de Controle e Gestão da França.
Textor destacou que "as transferências de jogadores em questão foram todas decisões futebolísticas válidas e vantajosas, propostas por mim e estruturadas e concretizadas pelo nosso Diretor Global de Futebol, Micheal Gerlinger, que atualmente é o CEO do Olympique Lyonnais". Ele acrescentou que "os direitos dos jogadores nunca retornaram ao Botafogo, pois, sem seu consentimento, as transferências não se concluíram. Portanto, todos os direitos econômicos futuros permanecem com o Lyon, que recebeu integralmente as receitas de transferências finais para Zenit, Nottingham Forest e Atlético de Madrid".
Valores das Transferências
John Textor também forneceu detalhes sobre os valores das transferências que ocorreram entre Botafogo e Lyon. Segundo o empresário norte-americano, o Botafogo enviou um total de € 146 milhões para o Lyon, dos quais € 80 milhões foram referentes à venda de jogadores. Posteriormente, o clube brasileiro recebeu de volta € 42 milhões. No momento atual, o Lyon deve ao Botafogo cerca de € 35 milhões.
Textor esclareceu que "o Botafogo transferiu 146 milhões de euros em dinheiro, por meio de transferências bancárias diretas. Aproximadamente 80 milhões se referiam à venda dos direitos dos jogadores do Lyon. Em contrapartida, por meio de nosso sistema de gestão conjunta de caixa, o Lyon transferiu cerca de 42 milhões de euros de volta para o Botafogo em diferentes momentos. Outros 23 milhões de euros em taxas de transação e custos de financiamento seriam divididos igualmente entre os clubes, restando um saldo devedor do Lyon para com o Botafogo de aproximadamente 35 milhões de euros".
Críticas à DNCG e à Imprensa
Além de se defender das acusações, Textor também fez várias críticas à DNCG e ao tratamento que recebeu da imprensa francesa em seu comunicado. Ele alegou que sua intenção de modificar o futebol no país através de um modelo de multiclubes não teve uma recepção favorável por parte dos dirigentes locais.
Ele expressou sua insatisfação afirmando que "a única explicação para uma proibição retroativa de transferências, vinda de uma organização que alega se preocupar com nossas finanças, seria esta explicação esportiva: a DNCG sabia que nossa falha em registrar os jogadores seria uma violação de nossas obrigações para com eles, o que permitiria que os jogadores rescindissem seus contratos, resultando em uma perda de 100% do valor dos jogadores para o Lyon – um cenário de perda total, imposto por uma DNCG que existe apenas para proteger a saúde financeira dos clubes de futebol franceses".
Conclusão
A situação envolvendo as transferências de jogadores entre Botafogo e Lyon continua a gerar polêmica e desdobramentos, com as partes envolvidas apresentando suas versões sobre o tema.