Bom início, mas sem eficiência
O Fluminense iniciou o clássico contra o Vasco com uma postura intensa, pressionando o adversário em seu campo e criando boas oportunidades de gol. Logo aos três minutos de partida, Germán Cano teve a chance de abrir o placar, mas sua finalização foi defendida com grande habilidade pelo goleiro Léo Jardim, após uma bela jogada criada por Acosta. Essa postura ofensiva inicial refletia o domínio que o técnico Fernando Diniz queria impor, através de um estilo de jogo baseado em posse de bola e mobilidade.
Entretanto, à medida que o jogo se desenrolava, a equipe tricolor começou a perder o ritmo. A marcação do Vasco se ajustou, fazendo com que o Fluminense encontrasse dificuldades para ultrapassar as linhas defensivas adversárias. Cano, que é uma referência técnica e emocional para a equipe, perdeu uma oportunidade clara de gol, o que se tornaria um símbolo da queda de rendimento da equipe tricolor durante a partida.
Rayan decide e expõe fragilidades
A partir dos 30 minutos do primeiro tempo, o Vasco começou a mostrar evolução em seu jogo. O Fluminense, que até aquele momento controlava a partida, viu o equilíbrio se restabelecer e passou a sofrer com as transições rápidas do adversário. Foi nesse cenário que o time rival conseguiu mudar a história do jogo. Aos 37 minutos, Paulo Henrique iniciou uma jogada pela direita e encontrou Rayan, que, com categoria, dominou a bola e finalizou com precisão, abrindo o placar no Maracanã. Esse gol, o 16º de Rayan na temporada, desestabilizou o Fluminense, que começou a errar passes simples e perdeu o controle emocional da partida.
No intervalo, o técnico Fernando Diniz tentou reorganizar a equipe, mas o Vasco manteve o ímpeto e voltou com uma postura ainda mais forte para a etapa final. Logo aos cinco minutos do segundo tempo, Nuno Moreira aproveitou um rebote do goleiro Fábio, que havia defendido um chute forte de Rayan, e ampliou a vantagem do time cruz-maltino, consolidando o domínio da equipe na partida.
Com o segundo gol, as fragilidades do Fluminense ficaram ainda mais evidentes. A equipe demonstrou uma falta de compactação e intensidade, ficando espaçada em campo e enfrentando dificuldades para se recompor e reagir à velocidade dos contra-ataques adversários. Mesmo após algumas alterações feitas por Diniz, o Tricolor não conseguiu retomar o controle da posse de bola nem criar situações de perigo real para o gol do Vasco.
Diniz x Zubeldía: o nó tático
O confronto entre os técnicos Diniz e Zubeldía evidenciou um contraste claro entre as propostas táticas de cada um. Enquanto o treinador do Fluminense buscava impor um ritmo de jogo com triangulações curtas, o argentino Zubeldía, por sua vez, respondeu com uma equipe organizada em linhas compactas e uma saída rápida em transições. O resultado desse duelo tático foi um verdadeiro nó que favoreceu o Vasco, que explorou as costas dos volantes do Fluminense e neutralizou os principais articuladores do time tricolor.
A derrota por 2 a 0 reforça um momento de oscilação do Fluminense no Campeonato Brasileiro Betano. Após um início promissor, a equipe voltou a sofrer com quedas de rendimento e uma evidente falta de profundidade ofensiva, o que tem sido uma preocupação constante. O desafio agora para a equipe é encontrar consistência para evitar uma nova sequência negativa, especialmente em um momento decisivo da temporada.
Com este resultado, o Fluminense se distancia da zona de classificação direta para a CONMEBOL Libertadores, o que faz com que as atenções da equipe se voltem para a correção de erros defensivos e de tomada de decisão. Isso se torna ainda mais crucial em jogos de alta pressão, como foi o caso deste domingo.