Seleção Malaia e Apelação Contra Decisão da FIFA
Punicão por Naturalização Falsa
A Associação Malaia de Futebol (FAM) anunciou que irá recorrer da decisão da FIFA, que impôs sanções a sete jogadores por suposta naturalização falsa. O órgão responsável pelo futebol mundial argumenta que a federação malaia apresentou documentos que continham registros de nascimento falsificados de um grupo de sete atletas naturalizados. Em resposta a essas alegações, a federação malaia divulgou um comunicado nesta terça-feira, afirmando que a afirmação da FIFA é imprecisa e que até o momento não foi apresentada nenhuma evidência concreta que sustente a acusação.
Comunicado da FAM
A FAM ressaltou que a descrição fornecida nos resultados da FIFA é errônea. A associação declarou que as alegações de que os jogadores "obtiveram ou tinham conhecimento de documentos falsos" são infundadas, já que até o momento não foram apresentadas provas contundentes. A federação explicou que a situação ocorreu devido a um erro administrativo, onde documentos foram baixados de um agente em vez de um oficial do departamento nacional de registro do país. Além disso, a FAM informou que irá apelar utilizando documentos originais que são válidos e foram devidamente certificados pelo governo malaio.
"Como já foi explicado anteriormente, o erro que ocorreu é resultado de um envio incorreto, que é um erro administrativo, quando um membro da equipe carrega erroneamente um documento de um agente em vez de um documento oficial emitido pelo Departamento de Registro Nacional (JPN)", detalhou a FAM em seu comunicado.
Jogadores Envolvidos
Os atletas que estão envolvidos nessa situação incluem:
- João Figueiredo (atacante nascido no Brasil)
- Imanol Machuca (meia-atacante nascido na Argentina)
- Facundo Tomás Garcés (zagueiro nascido na Argentina)
- Rodrigo Julián Holgado (atacante nascido na Argentina)
- Gabriel Felipe Arrocha (lateral nascido na Espanha)
- Jon Irazábal Iraurgui (zagueiro nascido na Espanha)
- Hector Alejandro Hevel Serrano (meia nascido na Holanda)
Por enquanto, esses jogadores estão suspensos e pretendem recorrer da decisão.
Contexto do Caso
O caso em questão remonta há duas semanas, quando o Comitê Disciplinar da FIFA impôs punições à Associação de Futebol da Malásia (FAM) e a sete jogadores, incluindo o meia Imanol Machuca, ex-Fortaleza e atualmente no Vélez Sarsfield, e o atacante João Figueiredo, que já passou pelo Atlético-MG. As sanções foram aplicadas em virtude da violação do artigo 22 do Código Disciplinar da FIFA, que trata da falsificação de documentação.
A FIFA alega que a documentação apresentada pela federação malaia continha também documentos adulterados ao encaminhar questionamentos sobre a elegibilidade dos jogadores para que pudessem ser inscritos. Todos os atletas mencionados participaram da vitória da seleção malaia por 4 a 0 contra o Vietnã, em uma partida realizada no dia 10 de junho de 2025, que foi válida pela terceira rodada das Eliminatórias para a Copa da Ásia de 2027.
Argumento da Naturalização
O argumento utilizado para a naturalização dos jogadores em questão foi que eles teriam avós malaios. A Malásia tem um histórico de conceder cidadania a atletas naturalizados, especialmente aqueles que já residem no país há um longo período, como é o caso do atacante brasileiro Paulo José, ou que possuem alguma ascendência malaia.
Os sete jogadores que foram penalizados enfrentam uma suspensão de um ano, além de uma multa de 2 mil francos suíços. Eles têm o direito de recorrer da decisão junto ao Comitê de Apelação da FIFA e, posteriormente, à Corte Arbitral do Esporte (TAS-CAS).