Anúncio da Federação Norueguesa de Futebol
A Federação Norueguesa de Futebol informou que toda a renda obtida com o jogo contra Israel, que faz parte das Eliminatórias para a Copa do Mundo, será destinada à organização Médicos Sem Fronteiras. Esta instituição é conhecida por seu trabalho humanitário na Faixa de Gaza. A presidente da federação, Lisa Klaveness, fez o anúncio em uma coletiva de imprensa, onde também expressou sua crítica a que chamou de "ataques desproporcionais" realizados por Israel.
"Os recursos financeiros arrecadados serão utilizados para apoiar o trabalho de assistência humanitária da organização na Gaza e nas áreas vizinhas que foram afetadas pela guerra. Como membros da FIFA e da UEFA, a federação norueguesa precisa lidar com a participação de Israel em suas competições. Entretanto, não podemos e não seremos indiferentes ao sofrimento humanitário que está acontecendo na região, especialmente em relação aos ataques desproporcionais contra civis em Gaza", declarou Klaveness.
Detalhes do Confronto
O jogo entre Noruega e Israel acontecerá no Estádio Ullevaal, localizado em Oslo, que possui capacidade para mais de 27 mil torcedores. Todos os ingressos disponíveis para a partida já foram vendidos, mas a Federação Norueguesa ainda não divulgou o valor total da doação a ser feita.
Situação nas Eliminatórias
Esse confronto entre Noruega e Israel representa um duelo significativo, pois envolve o líder e o vice-líder do Grupo I das Eliminatórias Europeias para a Copa do Mundo de 2026. No encontro anterior, realizado em Debrecen, na Hungria, no dia 25 de março, a Noruega saiu vitoriosa, com um placar de 4 a 2.
Além disso, Gabriele Gravina, presidente da Federação Italiana de Futebol, também se manifestou sobre a situação na Palestina, expressando preocupação com a dignidade humanitária na região. A Itália, que também faz parte do mesmo grupo que a Noruega e Israel, conquistou uma vitória sobre os israelenses em um jogo realizado durante a última Data FIFA, também em Debrecen, com um resultado de 5 a 4. As duas seleções se enfrentarão novamente no próximo dia 14 de outubro, na cidade de Udine.
"Estamos cientes da sensibilidade da opinião pública italiana em relação a esta partida. Nos preocupamos com a dignidade humana e, por isso, estamos muito consternados com o que está acontecendo na Palestina", afirmou Gravina.
Reações de Líderes Políticos
Adicionalmente, o primeiro-ministro da Espanha, Pedro Sánchez, pediu que tanto Israel quanto Rússia sejam excluídos de todas as competições esportivas. A declaração do primeiro-ministro refere-se aos dois países que estão envolvidos em conflitos armados, os quais foram descritos como "atos de barbárie".
"Esta postura do primeiro-ministro contradiz completamente os valores olímpicos de unidade, respeito mútuo e paz. Além disso, coloca em risco a capacidade da Espanha de sediar grandes eventos esportivos internacionais, assegurando que estes ocorram em condições seguras e em conformidade com os princípios estabelecidos pela Carta Olímpica", afirmou Sánchez em sua declaração.