O futebol brasileiro deve seguir esse exemplo?

O impacto da tecnologia no futebol

O tempo avança e o futebol passa por constantes transformações, muitas das quais são impulsionadas por um elemento fundamental da sociedade contemporânea: a tecnologia. Um exemplo recente e significativo dessa evolução é a nova temporada da La Liga, correspondente ao ano de 2025/26.

Historicamente marcada por controvérsias e acusações em relação à arbitragem, a competição espanhola implementou uma mudança notável. A Federação Espanhola de Futebol decidiu adotar a inteligência artificial (IA) para auxiliar na escalação e avaliação dos árbitros durante a competição. Nesse contexto, surge uma relevante indagação: será que o futebol brasileiro pode seguir um caminho semelhante?

A tecnologia e a inteligência artificial no futebol

Atualmente, o uso de tecnologia e inteligência artificial tem se expandido em todas as áreas do futebol e também em setores correlatos. Treinadores e equipes utilizam essas ferramentas inovadoras para aprimorar o desempenho, planejar estratégias e realizar análises sobre adversários. No universo das apostas esportivas, que está intimamente relacionado ao futebol, a inteligência artificial se mostra amplamente utilizada. Plataformas de apostas online regulamentadas, como as comparadas e analisadas pelo portal especializado Legalbet, aplicam a IA para personalização, segurança, suporte e mais.

Recentemente, essa inovação também alcançou o campo da arbitragem. A La Liga anunciou a implementação de um sistema que utiliza inteligência artificial para auxiliar na formação dos elencos e na avaliação dos árbitros.

Como funciona a nova IA da La Liga: explicação simples e detalhada

O funcionamento da inteligência artificial na La Liga não é complexo, e seu principal objetivo é agilizar e tornar mais imparcial e racional a escolha dos árbitros. A seguir, descrevemos como isso ocorre:

  • Com o suporte da IA, os árbitros serão escalados com base em diversas estatísticas e variáveis.
  • Para auxiliar nas decisões relacionadas à arbitragem, o sistema também participará da avaliação de desempenho dos profissionais. A IA analisará fatores como transparência, consistência, histórico de partidas, estilo de arbitragem e outros critérios relevantes.
  • A partir dessa avaliação de desempenho, espera-se que a IA contribua com cerca de 30% na atribuição da nota final dos árbitros. Isso significa que essa tecnologia poderá influenciar diretamente nas promoções e rebaixamentos dos árbitros.

Critérios como a territorialidade, que tradicionalmente impede que árbitros da mesma cidade ou comunidade autônoma de um time apitem partidas do respectivo time, podem ser reavaliados caso o sistema se mostre eficiente.

Mais do que uma simples solução tecnológica, essa iniciativa representa uma resposta da Federação às críticas históricas e uma tentativa de promover maior justiça nas decisões. Até o presente momento, não há informações sobre clubes, atletas ou outros agentes que estejam se opondo a essa implementação. É importante ressaltar que existe uma comissão responsável pelo processo, e a avaliação humana continua a ser um elemento essencial.

E o Brasil?

Para aqueles que esperam ver uma iniciativa semelhante no Brasil, é crucial considerar diversos aspectos que envolvem o contexto da arbitragem no país.

Possíveis obstáculos

Um dos principais desafios é que a decisão dos árbitros no Brasil, há bastante tempo, depende de procedimentos que podem ser considerados de "sorteio". Embora os árbitros sejam avaliados e classificados, atualmente, a transparência no processo de escolha é limitada. O que se observa é que certos nomes se destacam e são priorizados em partidas de grande importância.

Adicionalmente, um dos problemas centrais é que a função de árbitro não é reconhecida como uma profissão devidamente estruturada no Brasil. Enquanto na Espanha essa questão já foi resolvida há bastante tempo, no Brasil a discussão sobre a profissionalização é mais recente. Espera-se que avanços nesse sentido sejam mais evidentes até o final de 2026. O que isso tem a ver com a inteligência artificial?

Sem a profissionalização, o processo de avaliação, escalação e formação dos árbitros torna-se mais complicado. Para que inovações, como a utilização de inteligência artificial, sejam implementadas de maneira eficaz, é fundamental que o ambiente de trabalho dos árbitros evolua de forma organizada e estruturada.

As boas notícias

Um dos pontos positivos já mencionados diz respeito à possível profissionalização da função de árbitro a partir de 2026. Além disso, a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) sinaliza outros movimentos significativos, como a implementação de um ranking de árbitros em 2025, bem como a possível introdução do sistema de impedimento semi-automático já no Campeonato Brasileiro de 2026.

Dessa forma, a CBF demonstra preocupação com a evolução do futebol e a tendência é que tecnologias similares àquelas utilizadas pela La Liga, como a inteligência artificial para a escalação de árbitros, sejam aplicadas no Brasil.

O futuro da tecnologia no futebol brasileiro

O futebol brasileiro está seguindo uma trajetória semelhante àquela observada na Espanha e em outros países, com uma crescente adoção de tecnologias e inteligência artificial. Essas ferramentas possuem um grande potencial para melhorar o desempenho, a arbitragem e a experiência dos torcedores.

Entretanto, para que a tecnologia se mostre realmente eficaz, é essencial que sua implementação ocorra em um ambiente que esteja preparado e organizado. Embora ainda existam desafios a serem enfrentados, as condições para o desenvolvimento da inteligência artificial no futebol brasileiro já estão se formando.

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