Brasil avança para a semifinal da Copa América Feminina após empate com a Colômbia
Na última sexta-feira, 25 de julho, a seleção brasileira feminina de futebol garantiu sua classificação para as semifinais da Copa América Feminina, após um jogo tenso e desafiador contra a Colômbia, que terminou em 0 a 0. O Brasil, que jogou com um jogador a menos por 70 minutos, conseguiu assegurar a liderança do Grupo B, encerrando a fase de grupos com 10 pontos em quatro partidas. O próximo desafio do Brasil será contra o Uruguai na semifinal, enquanto a outra semifinal contará com a disputa entre Argentina e Colômbia.
Um jogo difícil desde o início
Desde o apito inicial, ficou claro que o Brasil enfrentaria um desafio significativo contra a Colômbia. A equipe colombiana, conhecida por sua agressividade no ataque, não demorou a se mostrar ameaçadora, especialmente com Linda Caicedo se destacando nas jogadas ofensivas. Apesar disso, a primeira oportunidade clara do jogo foi para o Brasil. Aos 8 minutos, Kerolin fez um lançamento preciso, que encontrou Jhonson. A atacante, com habilidade, acionou Dudinha, que girou e finalizou de maneira perigosa, mas a bola desviou.
A Colômbia não ficou atrás e também ameaçou. Aos 13 minutos, Caracas fez uma jogada pela esquerda e cruzou rasteiro para Mayra Ramirez, que teve sua finalização brilhantemente defendida pela goleira brasileira, Lorena. O jogo estava intenso, com muitas faltas e disputas acirradas, e ficou evidente que ambas as equipes buscavam a vitória a todo custo.
A expulsão que mudou o jogo
O momento decisivo da partida ocorreu aos 23 minutos. Lorena, a goleira do Brasil, saiu da área para interceptar uma finalização de Caicedo, mas acabou tocando a bola com a mão fora da zona permitida. O árbitro não hesitou em mostrar o cartão vermelho, deixando a seleção brasileira com uma jogadora a menos. Com a vantagem numérica, a Colômbia intensificou suas investidas ao ataque, mas, apesar de várias finalizações, não conseguiu converter em gols.
A seleção brasileira, por sua vez, lutou para se reorganizar defensivamente e contou com a habilidade de suas jogadoras para evitar que a Colômbia abrisse o placar. O Brasil só conseguiu acertar o alvo aos 42 minutos, quando Kerolin, em uma jogada individual, conseguiu passar pela marcação e chutou forte de fora da área. No entanto, a goleira Tapia fez a defesa em dois tempos, garantindo que o placar permanecesse inalterado até o intervalo.
Retorno promissor no segundo tempo
Com a necessidade de se adaptar à situação com uma jogadora a menos, a seleção brasileira voltou para o segundo tempo disposta a surpreender. Logo no primeiro lance, Dudinha arriscou um chute de fora da área, mostrando que o Brasil ainda tinha fôlego para atacar. A equipe brasileira começou a se sentir mais confortável em campo, mesmo com a desvantagem numérica.
Aos 12 minutos da segunda etapa, Yasmin foi lançada livre pela esquerda e bateu cruzado, mas a bola passou rente à meta, evidenciando que o Brasil ainda estava vivo na partida. A equipe assumiu o controle do jogo, ocupando o campo de ataque, embora enfrentasse dificuldades para criar jogadas mais incisivas e se limitasse a finalizações de longa distância.
Por outro lado, a Colômbia continuava a pressionar, e em uma nova escapada de Linda Caicedo, que avançou pela esquerda, a atacante cruzou para Parvi. No entanto, Mariza, em uma ação crucial, fez um corte providencial e evitou que a atacante colombiana marcasse.
Situação complicada para o Brasil
As coisas ficaram ainda mais complicadas para o Brasil quando Gabi Portilho, após uma falta dura, ficou visivelmente abatida e precisou deixar o campo. Como a seleção já havia realizado todas as suas cinco substituições, Gabi voltou para o jogo com uma proteção no joelho, demonstrando a determinação das jogadoras em contribuir para a equipe.
A reta final da partida foi marcada por muita tensão e nervosismo. Mesmo jogando com uma a menos, o Brasil teve a melhor oportunidade para marcar. Em uma falta cobrada por Yasmin, a bola acertou a trave, fazendo com que a torcida brasileira fosse à loucura. O empate foi suficiente para garantir a classificação do Brasil, que, mesmo em uma situação adversa, conseguiu manter a compostura e garantir a liderança do grupo.
O que esperar da semifinal contra o Uruguai
Com a classificação assegurada, a seleção brasileira agora se prepara para enfrentar o Uruguai na semifinal da Copa América Feminina. A equipe, que mostrou resiliência e determinação durante o jogo contra a Colômbia, terá que se adaptar rapidamente, pois o Uruguai também possui um time forte e competitivo.
O Brasil, tradicionalmente uma potência no futebol feminino, espera continuar sua trajetória vitoriosa na competição. A semifinal promete ser um confronto emocionante, e as jogadoras brasileiras terão que se manter focadas e determinadas para garantir um lugar na final.
A Copa América Feminina tem se mostrado um espetáculo de talento e competitividade, e a seleção brasileira busca não apenas a vitória, mas a oportunidade de conquistar mais um título importante em sua história. Com o apoio da torcida e a garra das jogadoras, o Brasil está pronto para enfrentar os desafios que estão por vir.
