Proposta de Zé Trovão Reforça Identidade Nacional nas Representações Oficiais
O deputado federal Zé Trovão, do PL de Santa Catarina, apresentou um projeto de lei que visa obrigar o uso das cores da bandeira do Brasil — verde, amarelo, azul e branco — em todas as representações oficiais do país, tanto internamente quanto no exterior. A iniciativa se estende a entidades públicas e privadas que atuam como representantes do Brasil, incluindo delegações esportivas, missões diplomáticas, e grupos culturais, científicos ou tecnológicos. Organizações da sociedade civil que recebem apoio ou financiamento público também estão inclusas na proposta.
Detalhes da Proposta
A proposta de Zé Trovão estabelece que o uso das cores nacionais deve ser aplicado a uniformes, logotipos e demais materiais institucionais ou promocionais. Para aqueles que não cumprirem a medida, o projeto prevê penalidades que variam desde advertências até a suspensão de repasses públicos, além da proibição de representar o país por um período de até dois anos. O Poder Executivo teria um prazo de 90 dias para regulamentar a nova lei, definindo critérios mínimos para a aplicação das cores, sempre respeitando a identidade visual de cada instituição.
Zé Trovão justificou a criação do projeto afirmando que a bandeira brasileira é um símbolo fundamental da identidade nacional. "É importantíssimo que essa representação esteja visível e respeitada em eventos oficiais", declarou o deputado, ressaltando a relevância de reforçar o sentimento de pertencimento à nação.
Polêmica em Torno da Seleção Brasileira
A apresentação do projeto vem em um momento de controvérsia relacionado a uma possível mudança nas cores do segundo uniforme da seleção brasileira de futebol. Informações do site especializado Footy Headlines indicam que a equipe nacional poderia adotar uma camisa vermelha para a Copa do Mundo de 2026, substituindo a tradicional camisa azul. Segundo a mesma fonte, a nova peça seria fabricada pela marca Jordan, ao invés da Nike, que é a fornecedora oficial da seleção desde 1996.
Essa possível alteração gerou indignação entre políticos alinhados ao ex-presidente Jair Bolsonaro. O senador Cleitinho Azevedo, do Republicanos de Minas Gerais, utilizou as redes sociais para criticar a ideia, fazendo uma associação entre a cor vermelha e o Partido dos Trabalhadores (PT), especialmente em um ano eleitoral. "O ano que vem é ano de Copa do Mundo e de eleição. Já querem fazer politicagem, ideologia, acabando com uma tradição. Cadê você, presidente da CBF? Vai permitir isso aí?", questionou Azevedo, enquanto vestia uma camisa amarela da seleção.
Reações de Parlamentares
O senador Flávio Bolsonaro, do PL do Rio de Janeiro, também se posicionou contra a mudança nas redes sociais. Ele defendeu que a camisa da seleção sempre foi um emblema da identidade nacional e argumentou que "mudar isso não faz qualquer sentido". Outros parlamentares do PL se mostraram igualmente contrários à ideia. Nikolas Ferreira, de Minas Gerais, fez uma ironia sobre a situação: "O juiz também será nosso? A camisa vermelha proporciona essas vantagens…". A deputada Carla Zambelli, de São Paulo, sugeriu sarcasticamente que a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) adicionasse uma estrela do PT na nova camisa, afirmando que isso permitiria que a seleção dissesse que finalmente conquistou o hexa.
O projeto de lei de Zé Trovão agora aguarda análise nas comissões temáticas da Câmara dos Deputados, em meio a um debate acalorado sobre identidade nacional e a representação do Brasil em eventos esportivos. A proposta, além de gerar discussões sobre a cor do uniforme da seleção, também coloca em evidência a importância da bandeira nacional como símbolo de união e representatividade do país no cenário internacional.